PRÉVIA (n.t.) 22º

Tenho sede de inocência | J’ai soif d’innocence
Romain Gary

O texto: O conto “Tenho sede de inocência” (“J’ai soif d’innocence”), integra a coletânea Les oiseaux vont mourir au Pérou, gloire à nos illustres pionniers, de Romain Gary, publicada em 1962. Escrito em primeira pessoa e em tom de diário, nele o autor discute a mesquinhez da vida atual que leva à necessidade de buscar horizontes mais puros. Ao fugir da França para o Taiti, um lugar paradisíaco e de gente simples, o lugar acaba lhe revelando surpresas, que lhe põem no caminho de Gauguin. Irônico, o autor questiona sua própria condição de colonizador e fraqueza moral, como também a questão imperialista, oferecendo um desfecho que se aproxima do gênero cômico.
Texto traduzido: Gary, R. “J’ai soif d’innocence”. In. Les oiseaux vont mourir au Pérou, gloire à nos illustres pionniers. Paris: Gallimard, 1962.

O autor: Romain Gary (1914-1980), romancista franco-lituano, nasceu em Vilnius. Após passar a infância na capital lituana e depois em Varsóvia, se transferiu a Niza, na França, onde obteve a cidadania e pode participar da Segunda Guerra como aviador do exército francês. Herói da Resistência, recebeu várias condecorações, e ao término do conflito, entrou para a carreira diplomática na qual permaneceu até 1974. Autor de inúmeros romances, adotou muitos pseudônimos, sendo o único escritor a ter recebido duas vezes o prêmio Goncourt, por Les Racines du ciel (1956) e La Vie devant soi (1975). Escreveu também contos, peças de teatro, ensaios e viu algumas de suas obras serem adaptadas ao cinema.

A tradutora: Ana Magda Stradioto-Casolato, pesquisadora e tradutora, é bacharela em Letras Francês e mestranda no Programa de Pós-graduação LETRA, na área de Tradução e Poética, pela USP.



☞ GARY, Romain. Tenho sede de inocência | J’ai soif d’innocence.
Trad. Ana Magda Stradioto-Casolato. (n.t.), n. 22, v. 1, jun. 2021, pp. 171-184.


© (n.t.) Revista Nota do Tradutor
ISSN 2177-5141