O texto: Esboço autobiográfico, “Fiume, Belgrado, Budapeste, Bratislava, Viena, Munique”, de Ödön von Horváth, integra uma coletânea de ensaios em que o autor mobiliza suas lembranças de forma crítica, calcadas na observação dos conflitos sociais das décadas de 1920 e 1930 na Europa Central, sobretudo na Alemanha, Áustria e Hungria. No texto, ele problematiza a ideia de pátria como unidade nacional e cultural a partir do próprio relato pessoal e geracional, cuja experiência fora atravessada pela Primeira Grande Guerra.
Texto traduzido: Horváth, Ödön von. “Fiume, Belgrad, Budapest, Preßburg, Wien, München“. In. Autobiographisches und Theoretisches. Disponível em: www.projekt-gutenberg.org.
O autor: Ödön von Horváth (1901-1938), dramaturgo e escritor de língua alemã, nasceu em Fiume (atualmente Rijeka, na Croácia), durante o Império Austro-húngaro. Participou da cena artística de Munique, Berlim e Viena, e em suas obras discutia a censura, a opressão do proletariado, o discurso ideológico racista nacionalista e a postura de artistas e intelectuais diante das ameaças totalitárias. Em 1931, recebeu o Prêmio Kleist por sua obra teatral. Com a instituição do regime nazista na Alemanha e a anexação austríaca, foi perseguido, passando a constar na lista de escritores proibidos pelo governo vigente. Faleceu no exílio em Paris.
A tradutora: Mariana Holms é doutoranda e mestra em Língua e Literatura Alemã pela FFLCH-USP, com estágio de pesquisa no Stefan Zweig Zentrum, vinculado à Universidade de Salzburg. Integra o grupo de pesquisa Relações Linguísticas e Literárias Brasil - Países de língua alemã (RELLIBRA) e dedica-se à pesquisa e tradução de literatura, sobretudo, de exílio.