O texto: Três poemas em árabe de Mahmûd Darwîch que giram em torno da ideia da “espera”: a espera ansiosa, e espera desenhada e a espera/esperança, como sonho frágil, pelo qual não mais se espera: “Enquanto espero” (في الانتظار), do livro Não te desculpes pelo o que fizeste (لا تعتذر عما فعلت), de 2003; e “Kama Sutra: uma lição” (درس من كاما سوطرا) e “Não esperei por ninguém” (لم أنتظر أحداً) do livro A Cama da forasteira (سرير الغريبة), de 1998.
O autor: Mahmûd Darwîch, poeta e escritor árabe, nasceu na Palestina, em 1941. Sua cidade natal foi destruída durante a ocupação israelense, em 1948. Enquanto jovem, e por seu ativismo político, foi detido e preso várias vezes. Aos 22 anos, publicou seu primeiro livro de poemas, Folhas de oliveira, em 1964. Viveu no exílio, entre Beirute e Paris, durante 26 anos. Morreu na Palestina em 2008, ano que marcou o lançamento de seu último livro, O rastro da borboleta. Recebeu aclamação internacional por sua poesia que versava, principalmente, sobre a afeição pela pátria perdida. De sua obra, foram publicados mais de 30 livros, entre poesia e prosa, a maioria traduzida para mais de 20 idiomas.
A tradutora: Safa A-C Jubran é professora, livre docente de Árabe na USP. Traduziu vários romances árabes modernos, entre os quais, Porta do sol e Yalo, de Elias Khoury, e Nós cobrimos seus olhos, de Alaa Aswany (Prêmio de melhor tradução, ABL, 2014). Em 2019, recebeu o Prêmio Sheikh Hamad de Tradução. É líder do Grupo de Pesquisa Tarjama: escola de tradução de literatura árabe moderna. Para a (n.t.) traduziu Tamîm Al-Barghouti e Laura Macdissi.