PRÉVIA (n.t.) 23º

Os malditos | Les maudits
Léon Deubel

O texto: Publicado postumamente em 1913, no mesmo ano de sua morte, Régner – poèmes reúne uma vasta coleção do que sobrou da obra poética de Léon Deubel. Os poemas aqui traduzidos, “Sofrimentos” (“Détresses”), “Os malditos” (“Les maudits”) e “Mors” representam possíveis estágios observáveis na curta vida do poeta, um começo, um meio e um fim: em “Sofrimentos”, ilustra-se parte das aflições e da miséria que enfrentou antes de morrer; em “Os malditos”, Deubel presta homenagem a três grandes poetas malditos de seu tempo, Rimbaud, Verlaine e Laforgue, sem suspeitar que um dia também seria reconhecido como tal; e em “Mors”, o eu-lírico poetiza em torno de sua própria morte, preanunciando que se tornaria autor de seu próprio fim.
Texto traduzido: Deubel, Léon. “Détresses”; “Les maudits”; “Mors”. In. Régner – poèmes. Paris: Mercure de France, 1913.

O autor: Léon Deubel (1879-1913), poeta e escritor francês, nasceu em Belfort. Considerado um dos últimos poetas malditos, por seu espírito incompreendido e antissocial, e partícipe da escola simbolista, como um último suspiro do movimento, em sua obra Deubel prezava pela qualidade do que é eterno, do que é perene. Publicou seus primeiros cantos em 1899, La Chanson balbutiante, seguido de Le Chant des Routes et des Déroutes (1901), Vers la vie (1904), entre outros. Dono de um estilo complexo, e tendo passado boa parte da vida na miséria, não recebeu o devido reconhecimento em vida, obtido apenas postumamente. Após queimar todos os seus manuscritos, suicidou-se aos 34 anos, lançando-se no rio Marne.

O tradutor: Cílio Lindemberg de Araújo Santos, tradutor, escritor e poeta, é graduado em Letras Inglês pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Para a (n.t.) traduziu Mary E. Wilkins Freeman, Olivia Howard Dunbar, Charlotte Brontë e Guy de Maupassant.



☞ DEUBEL, Léon. Os malditos | Les maudits.
Trad. Cílio Lindemberg. (n.t.), n. 23, vol. especial, 2021, pp. 120-139.


© (n.t.) Revista Nota do Tradutor
ISSN 2177-5141