O texto: Escrito por Cezar Petrescu, “Aranca, o espírito das águas” é um conto fantástico, publicado em forma de folhetim da revista Viața Romînească, nos volumes LXXV e LXXVI de 1928. Foi depois publicado no volume Aranca, știma lacurilor, em 1929, incluído no ciclo „Fantasticul interior”, no qual o autor descreve um mundo alucinatório, investigando as obsessões mais profundas do subconsciente humano. O conto apresenta uma aventura paranormal vivida por um bibliófilo no castelo dos condes Kemény na Transilvânia, que tinha a reputação de ser um lugar assombrado por fantasmas, tendo sido posto a leilão após o falecimento de seus donos sem descendentes. O último membro da família, a condessa Aranka, havia desaparecido misteriosamente há vários anos, e em torno dela se desenvolve a trama. Para esta edição, o original e a tradução seguem também em formato folhetinesco, publicado em duas partes.
Texto traduzido: Petrescu, Cezar. „Aranca, știma lacurilor”. In. Proză fantastică. Iași: Editura Junimea, 1986, pp. 93-146.
O autor: Cezar Petrescu (1892-1961), romancista e jornalista romeno, nasceu em Cotnari, Iași. Prolífico escritor, sua obra inclui romances, contos, peças, memórias, prosa fantástica e literatura infantil. Inspirado nas obras de Balzac, idealizou uma série de romances que espelhasse A Comédia Humana, a Cronică românească a veacului XX (Crônica romena do século XX). Ao lado de Lucian Blaga, fundou a revista Gândirea, em 1921, e também os jornais Cuvântul e Curentul. Entre suas obras, estão Întunecare (1928), Calea Victoriei (1930) e Noi vrem pământ (1938). Foi laureado com o Prêmio Nacional de Literatura em 1931 e eleito membro da Academia Romena em 1955.
O tradutor: Fernando Klabin, paulistano, morou em Bucareste, onde se formou em Ciência Política e desenvolveu, entre outras, atividades no campo turístico. Tem procurado difundir no Brasil a literatura romena, tendo já traduzido As Seis Doenças do Espírito Contemporâneo, de Constantin Noica, Senhorita Christina, de Mircea Eliade, Nos cumes do desespero, de Emil Cioran, entre outros. Para a (n.t.) traduziu Max Blecher, Eugen Ionescu, George Bacovia, Urmuz, Ciprian Vălcan, Oscar Lemnaru e Paul Celan.
Nota: “Traducerea a fost inițiată în cadrul programului Rezidențele FILIT pentru traducători 2018, la Ipotești.”