PRÉVIA (n.t.) 25º

Cantigas de amor | Cantigas de amor
Anônimo 4

O texto: Seleção com dez cantigas de amor localizadas no Cancioneiro da Ajuda, de autoria anônima. Datadas do final do século XIII, influenciadas pela lírica occitana e em contraposição às de amigo, as cantigas de amor partem de uma perspectiva masculina, nas quais o trovador se dirige à sua pretendente (a qual chama de sennor, retratando a relação de vassalagem em que o trovador é o vassalo, ao passo que sua amada é seu senhor feudal, adaptado aqui como senhora), a Deus, ou então, fala do próprio amor, desnudando seus sentimentos. Adaptadas ao trovadorismo galego-português a partir da poesia provençal, essas cantigas representam o amor cortês medieval em suas quatro fases: aspirante, suplicante, entendedor e amante. O eu-lírico sofre a dor do amor por sua pretendida, à qual se declara ou admira de longe. Em sua integralidade, as cantigas foram reconstituídas a partir do manuscrito disponibilizado pelo Projeto Littera, de Portugal.
Texto traduzido: Anônimo 4. In. Cantigas Medievais Galego-Portuguesas. Lisboa: Instituto de Estudos Medievais, 2022.

O autor: Anônimo 4, conforme o Projeto Littera, foi um trovador medieval de origem incerta. Sua obra, composta por dez cantigas que se identificam com facilidade em vista do estilo, encontra-se no Cancioneiro da Ajuda, conservado na Biblioteca do Palácio Real da Ajuda, em Lisboa. Apesar da anonimidade, estudiosos da lírica medieval galego-portuguesa apontam dois possíveis autores, Vasco Peres Pardal ou Gonçalo Anes do Vinhal.

O tradutor: Cílio Lindemberg de Araújo Santos, tradutor, escritor e poeta, é graduado em Letras Inglês pela UEPB. Para a (n.t.) traduziu Mary E. Wilkins Freeman, Olivia Howard Dunbar, Charlotte Brontë, Guy de Maupassant e Léon Deubel.

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☞ ANÔNIMO 4. Cantigas de amor | Cantigas de amor.
Trad. Cílio Lindemberg. (n.t.), n. 25, v. 2, dez. 2022, pp. 59-79.


© (n.t.) Revista Nota do Tradutor
ISSN 2177-5141