PRÉVIA (n.t.) 21º

Carta a uma ilha | Brev till en ö
Stig Dagerman

O texto: Publicado em 1948, o romance epistolar Bränt barn (A criança queimada), de Stig Dagerman, foi escrito durante sua estada na França, em 1948. Realista e psicológico, narra a história do jovem Bengt e seu pai, cuja mãe morreu recentemente, ao passo que o pai começa a se envolver com outra mulher. Bengt se revolta contra esse relacionamento, acusando o pai de não respeitar a mãe morta, e tenta impedir a nova mulher de tomar o lugar de sua mãe, ao mesmo tempo que se sente atraído por ela. Esta tradução apresenta três capítulos do livro: “Brev till en ö” (“Carta a uma ilha”), “Brev till fadern från sonen” (“Carta do filho ao pai”) e “Ett sönderrivet avskedsbrev” (“Uma carta de despedida rasgada”), publicados na tradução lusitana de Irene Lisboa, em 1958, O Vestido Vermelho (Estúdios Cor, e depois, Antígona).
Preparação dos originais: Gleiton Lentz, da (n.t.).
Fontes consultadas: Em português: Dagerman, S. O vestido vermelho. Trad. de Irene Lisboa. Lisboa: Edições Antígona, 1989, pp. 142-147, 164-167 e 184-185. Em sueco: Dagerman, S. Bränt barn. Stockholm: Norstedts, 2010, s. 211-219, 245-250 och 274-276.

O autor: Stig Dagerman (1923-1954), jornalista e escritor sueco, nasceu em Älvkarleby. Epítome de sua geração, após a Segunda Guerra sua obra teve grande acolhida com a publicação de seu primeiro romance, em 1945, Ormen, ao qual se seguiram três romances, uma coletânea de contos, cinco peças teatrais, centenas de poemas e ensaios jornalísticos. Sua obra é comparada a de Kafka e Camus, e aproximada do grupo de escritores suecos da década de 1940 conhecido como “Fyrtiotalisterna”, por canalizar sentimentos existencialistas de medo, alienação e falta de sentido comuns causados pelos horrores da Segunda Guerra e da iminente Guerra Fria. Sua obra transcende o tempo e o espaço e continua a ser amplamente publicada na Suécia e no exterior. Suicidou-se no outono de 1954.

A tradutora: Irene do Céu Vieira Lisboa (1892-1958), escritora, tradutora e pedagoga portuguesa, nasceu em Arranhó, Arruda dos Vinhos. Sua produção literária, bastante variada, que inclui poesia, conto, crônica e novela, se caracteriza por apresentar um núcleo intimista e autobiográfico que a unifica. A par de sua obra, em 1958 traduziu o romance sueco de Stig Dagerman, Bränt barn (vertido como O Vestido Vermelho). A tradução superou a passagem do tempo e continua a ser editada em Portugal, pela Antígona.



☞ DAGERMAN, Stig. Carta a uma ilha | Brev till en ö.
Trad. Irene Lisboa. (n.t.), n. 21, v. 2, dez. 2020, pp. 263-285.


© (n.t.) Revista Nota do Tradutor
ISSN 2177-5141