O texto: Seleção com dez poemas de Silvina Ocampo publicados no livro póstumo Poesia inédita y dispersa, de 2001, organizado pela escritora argentina Noemí Ulla a partir dos originais que lhe foram concedidos por Adolfo Bioy Casares, marido de Ocampo. Até então, excetuando alguns poucos que haviam sido publicados em suplementos literários e revistas em vida por Ocampo, os poemas que integram a coletânea achavam-se inéditos. As composições selecionadas fazem parte da seção “Poemas breves”, oferecendo uma mostra de sua poesia, que teve início pelos caminhos da pintura, culminando na página escrita. Ocampo intensifica a máxima horaciana de que a poesia deve ser como a pintura.
Texto traduzido: Ocampo, Silvina. Poesía inédita y dispersa. Selección, prólogo y notas de Noemí Ulla. Buenos Aires: Emecé Editores, 2001.
A autora: Silvina Ocampo (1903-1993), escritora, contista e poeta argentina, nasceu em Buenos Aires. Iniciou sua carreira literária publicando poemas e contos na revista Sur, dirigida pela irmã Victoria Ocampo, estreando com o livro Viaje olvidado, de 1937. Ao lado do marido Bioy Casares e Borges, em 1940 lançou a Antología de la literatura fantástica, reunindo 75 contos dos mais variados autores. Foi também tradutora literária e artista plástica, tendo estudado pintura e desenho em Paris, onde teve contato com Giorgio de Chirico, mestre do surrealismo que exerceu enorme influência em sua pintura. Foi homenageada com o Prêmio Nacional de Poesia argentina em duas ocasiões, em 1953 e 1962.
O tradutor: Juan Manuel Terenzi é escritor, tradutor e doutorando em Teoria Literária pela UFSC, estudioso da obra de Samuel Beckett. É autor do livro de poemas Fissuras (Caiaponte) e tem artigos, traduções, poemas e contos publicados em diversas revistas nacionais e internacionais, sendo membro do corpo de tradutores da revista Longitudines.