O texto: Tradução da série de “Aforismos”, de Severo Sarduy, pertencentes ao livro Epitafios, de 1994. No conjunto, os textos são um imago mundi, uma espécie de retropoética do autor depois de sua experiência na Índia e sua imersão na religião. Deixam antever alguns elementos de seu estilo, como seu interesse pelas artes plásticas, pelo signo e pela cosmologia, que são tomados e incorporados à sua escrita por meio de textos destecidos, onde a vida e obra se entrelaçam formando uma só ilusão.
Texto traduzido: Sarduy, Severo. “Aforismos”. In. Epitafios. Miami: Ediciones Universal, 1994, pp. 42-50.
O autor: Severo Sarduy (1937-1993), poeta, escritor e jornalista cubano, nasceu em Camagüey. Considerado um dos maiores escritores cubanos do século XX, após estudar em Havana, com o triunfo da revolução, colaborou no Diario Libre e Lunes de la Revolución, como crítico de arte e literário. Em 1960, viajou a Paris para estudar História da Arte na École du Louvre, de onde nunca mais voltou. Ligou-se ao círculo de escritores da revista literária Tel Quel. Além de poeta e ensaísta, foi também narrador, pertencente ao neobarroco latino-americano. Em sua obra, retrata suas viagens ao Oriente, onde conheceu a solidão e o silêncio, e aborda o erotismo na literatura, expandindo suas possibilidades.
O tradutor: Marco Antonio Bojorquez Martínez é professor, pesquisador e tradutor, residente na Cidade de México. Estudou Língua e Literatura na UNAM e publicou traduções em parceria com Carlos Vitale em La Reversible, círculo de tradução em Barcelona, verteu um Cancioneiro de Vanderley Mendonça e uma antologia de poemas de Hilda Hilst. Para a (n.t.) traduziu Octavio Paz.