O texto: O ensaio “Progress of arts and language” é parte de uma série de 103 textos divulgados no semanário londrino Universal Chronicle entre 1758 e 1760, e logo depois reunidos na obra The Idler (1761). No texto, publicado no dia 30 de junho de 1759, Samuel Johnson afirma que a arte e a língua só florescem depois que as necessidades básicas do ser humano são atendidas, contudo, ambas progridem da melhoria à degeneração. A língua inglesa, assim, teria começado sem arte e de forma simples, desconexa e concisa, mas desde Geoffrey Chaucer, ela tem se tornado cada vez mais refinada e, por isso, alerta ao perigo da afetação.
Texto traduzido: Johnson, S. “Progress of arts and language” (nº 63). In. The Works of Samuel Johnson. Philadelphia: H.C. Carey & I. Lea, 1825, pp. 146-148.
O autor: Samuel Johnson (1709-1784), escritor e pensador inglês, nasceu em Litchfield. Seu pai era livreiro e muito de sua educação se deu ao fato de ter crescido em uma livraria. Embora não tenha terminado os estudos devido a falta de recursos para pagar a universidade, tornou-se importante nos círculos literários da Inglaterra. Como escritor e crítico, seu nome ecoou no século XVIII por toda a Bretanha e muitos estudiosos ainda nomeiam a metade desse século como a “Era de Johnson”. Escreveu poemas, ensaios e biografias, sendo conhecido por seu Dictionary of the English Language, de 1755, considerado um dos mais influentes dicionários já escritos.
A tradutora: Vanessa de Carvalho Santos é mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e graduada pela mesma instituição em Letras – Língua Inglesa e Literatura Inglesa. Atualmente trabalha como coordenadora de línguas estrangeiras em duas escolas na cidade de Teresina/PI e desenvolve pesquisas em torno da Teoria Literária e Literatura Eletrônica, com ênfase na Narrativa Transmidiática.