O texto: Publicado em 1974, El mono gramático (O macaco gramático), foi escrito para a coleção franco-suíça Les Sentiers de la Création, que reunia vários autores internacionais, incluindo Octavio Paz. É uma obra inclassificável, que pode ser lida como um longo poema em prosa ou uma prosa poética onde convergem as indagações centrais da poética paziana: o sentido da linguagem, o conhecimento e a realidade. De forma lúdica, alude ao Hanumān, herói do poema épico sânscrito Ramayana, que também é poeta e gramático. Por seu aspecto fragmentário, gera uma correspondência com a ideia de escrever como caminho. Esta tradução apresenta os três primeiros capítulos da obra.
Texto traduzido: Paz, Octavio. El mono gramático. Barcelona: Seix Barral, 1990, pp. 11-23.
O autor: Octavio Paz (1914-1998), poeta, ensaísta, tradutor e diplomata mexicano, nasceu em Mixcoac, na Cidade do México. Escritor prolífico, sua obra abarcou vários gêneros, desde poesia, crítica, arte, filosofia e política, sempre mediante um intenso diálogo intertextual. É reconhecido por seu trabalho prático e teórico no campo da poesia moderna ou de vanguarda. Publicou inúmeros livros de poesia e incontáveis ensaios de literatura, estreando com Luna Silvestre, de 1933. Foi laureado com o Prêmio Cervantes em 1981 e o Prêmio Nobel de Literatura em 1990.
O tradutor: Marco Antonio Bojorquez Martínez é professor, pesquisador e tradutor, residente na Cidade de México. Estudou Língua e Literatura na UNAM e publicou traduções em parceria com Carlos Vitale em La Reversible, círculo de tradução em Barcelona, e verteu um Cancioneiro de Vanderley Mendonça.