O texto: Seleção com seis poemas de Nilgün Marmara, extraídos de seus Defterler (Cadernos): “Que sonho eu sei” (“Düşü Ne Biliyorum”), “Túmulo” (“Mezar”), “Belíssimo” (“Çok Güzel”), “Meu pássaro e eu” (“Kuşum ve Ben”), “Esperar” (“Beklemek”) e “Fotofobia” (“Fotofobi”). Todos os poemas, os quais a autora escondeu durante sua vida, foram publicados postumamente. Sua pena retrata mormente uma introspecção, uma busca pelo que há de mais profundo, abandonando o mundo exterior e criando um imaginário. Apesar do pano de fundo realista, seus versos desfocam a realidade, fazendo dela um sonho nebuloso.
Texto traduzido: Marmara, Nilgün. Defterler. İstanbul: Everest, 2016.
A autora: Nilgün Marmara (1958-1987), poeta turca, nasceu em Istambul. De família de imigrantes turcos búlgaros, sua infância foi marcada pelas canções e histórias da Bulgária. Estudou língua turca na universidade de Istambul, e também, língua e literatura inglesa na universidade do Bósforo, onde se graduou com uma tese sobre a poesia de Sylvia Plath no contexto do suicídio. Viveu brevemente na Líbia, onde começou a copiar e datilografar seus poemas, publicados postumamente em 1988, no livro Daktiloya Çekilmiş Şiirler (Poemas datilografados). Sofrendo de depressão, suicidou-se aos 29 anos, saltando da janela de seu quarto no quinto andar.
O tradutor: Leonardo da Fonseca cursou Letras Português e Espanhol na UniverCidade, Rio de Janeiro. É professor e tradutor de turco e espanhol. Para a (n.t.) traduziu Nâzım Hikmet, Orhan Veli, Can Yücel, Yunus Emre e Yaşar Kemal.