O texto: Seleção com 12 poemas extraídos da seção “Icnocuicatl” (“Cantos de angústia”), publicados na coletânea In xochitl in cuicatl. Flor y canto: la poesía de los Aztecas, organizada por Birgitta Leander, em 1972: “Oh, se eu nunca morresse” (“Nihuinti, nichoca, nicnotlamati”) , “Entristeço-me” (“Ni hual choca in”), “Não sou feliz na Terra” (“Yoyahue Oyahui Yahue”), “Dor na amizade” (“O ya noco-nic in nanacaoctli”), “Bebo cacau em flor” (“O ya niccua cacahuatl”), “Vaidade da vida” (“Yayahue”), “Realmente vivemos?” (“¿Auh ye nelli nemohua? ”), “Canto triste” (“Cuicatli quicaqui”), “Realmente partimos” (“O ayoppa tihua in tlalticpac”), “Vida enganosa” (“Ye antle nel on... ”), “A vida é um sonho” (“Te tocuic toxochiuh”) e “Vida fugaz” (“In zan o ihui tinemi”). No conjunto, os cantos, que abor-dam temas existenciais, como a fugacidade e a finitude da vida, a tristeza e a infelicidade humana, oferecem uma imagem do mundo dos mexicas antes da conquista espanhola, uma visão antes antropológica do que poética, escrita em náuatle clássico.
Texto traduzido: confira na revista.
Os autores: Seleção de poesia asteca organizada em 1972 por Birgitta Leander, especialista em códices astecas e professora da Universidad Complutense de Madrid e Uppsala University, autora de La poesia náhuatl, función y caráter (1971). Já a tradução ao espanhol do texto náuatle é assinada por Ángel M. Garibay (1892-1967), filólogo e historiador de culturas mesoamericanas pré-colombianas, especificamente dos povos nahuas. Os poemas, alguns atribuídos aos poetas Nezahualcóyotl e Tochihuitzin, são compilados a partir de manuscritos com canções e poemas nahuas do século XVI, os Cantares mexicanos e os Romances de los señores de la Nueva.
O tradutor: Scott Ritter Hadley (EUA) é pós-graduado em Letras Hispânicas na Arizona State University, com especialização em literatura medieval e mexicana contemporânea. Reside em Puebla, México, onde leciona latim, inglês e espanhol na Universidad Autónoma de Puebla. É tradutor da atual literatura indígena mexicana, incluindo a totonaca, a zapoteca e a náuatle. Para a (n.t.) traduziu Manuel E. Sainos, Víctor Cata, Fabiola Carrillo Tieco, dentre outros.