PRÉVIA (n.t.) 14º

Traduções d’Assis | Traductions d’Assis
Antologia poética

O texto: Ao longo de quatro décadas, o ofício da tradução ocupou um espaço importante na obra do “Tradutor d’Assis”. Ao todo, considera-se que Machado verteu 46 textos entre 1856 e 1894, estreando com o poema “Minha mãe”, “uma imitação” de William Cowper. A partir daí, o escritor daria início a uma série de traduções, de poemas a peças de teatro, de ensaios a romances, a partir do francês, italiano, inglês e espanhol, e indiretamente, do alemão e polonês. Cumpre notar que Machado é de uma época que ainda não havia o consenso de que a tradução deveria se ater ao original, o que explica suas licenças em relação ao texto de partida, seja alterando o original de um poema ou trecho de prosa, seja valendo-se do recurso da “paráfrase” ou “imitação”. Dos 24 poemas vertidos pelo escritor, reunimos aqui 18 deles, ao lado de seus respectivos originais, para acompanhar o processo empregado por ele em suas traduções, imitações e paráfrases. Esta seleção inclui suas primeiras traduções em jornais da época e em seus primeiros livros: De Dispersas (1854-1939): “Minha mãe”, de W. Cowper; “Prólogo do Intermezzo”, de H. Heine; “Souvenirs d’Exil”, de C. Ribeyrolles; “O primeiro beijo”, de Blest Gana. De Crisálidas (1864): “Lúcia”, de Musset; “A jovem cativa”, de A. Chénier; “Cleópatra”, de Emile de Girardin; “As Ondinas”, de H. Heine; “Maria Duplessis”, de Dumas Filho; “Alpujarra”, de A. Mickiewicz. De Falenas (1870): “A Elvira”, de Lamartine; “Os deuses da Grécia”, de F. Schiller; “Cegonhas e rodovalhos”, de L. Bouilhet; “Estâncias a Ema”, de Dumas Filho. E de Ocidentais (1901): “O Corvo”, de Poe; “Ser ou não ser”, de Shakespeare; “Os animais iscados da peste”, de La Fontaine; e “Inferno”, de Dante.
Textos consultados: Assis, Machado de. Obra Completa. Vols. II e III. Rio de Ja-neiro: Nova Aguilar, 1994; Massa, Jean-Michel. Machado de Assis tradutor. Belo Horizonte: Crisálida, 2008.

Os autores: William Cowper (1781-1800); Heinrich Heine (1797-1856); Charles Ribeyrolles (1812-1860); Guillermo Blest Gana (1829-1904); Alfred de Musset (1810-1857); André Chénier (1762-1794); Mme. Emile de Girardin (1804-1855); Heinrich Heine (1797-1856); Alexandre Dumas Filho (1824-1895); Adam Mickiewicz (1798-1855); Alphonse de Lamartine (1790-1869); Friedrich Schiller (1759-1805); Louis Bouilhet (1822-1869); Edgar Allan Poe (1809-1849); William Shakespeare (1564-1616); Jean de La Fontaine (1621-1695); Dante Alighieri (1265-1321).



☞ A/V. Traduções d’Assis|Traductions d’Assis.
Trad. Machado de Assis. (n.t.), n. 14, v. 1, jun. 2017, pp. 193-301.


© (n.t.) Revista Nota do Tradutor
ISSN 2177-5141