O texto: Publicado em 1972, no primeiro número da legendária revista literária nova-iorquina Fiction, o conto “O rato morto” (“Dead Mouse”), de L. S. Simckes, sintetiza a relação entre literatura e psicoterapia que caracteriza a obra do autor, igualmente definida pelo absurdo. Escrito em uma linguagem literalmente curta e simples, a narrativa envolve três pequenos irmãos, Damon, Aida e Monty, deixados a sós em uma noite em casa, que descobrem a presença de um rato morto, enquanto dialogam entre si, em meio a receios internos e condutas pueris, mas que já refletem o comportamento humano.
Texto traduzido: Simckes, L.S. “Dead Mouse”. Fiction, vol. 1, n. 1, New York, 1972.
O autor: Lazarre Seymour Simckes (1937-), escritor, educador e psicoterapeuta estadunidense, nasceu em Saratoga Springs, Nova Iorque. Sua obra, caracterizada pelo absurdo, funde literatura e psicoterapia, escrita e cura, inclusive na utilização de escrita criativa em suas terapias. Suas primeiras publicações datam da década de 1960, com o conto “Behold My Servant!”, publicado em Stanford Short Stories, em 1962, seguido dos romances Seven Days in Mourning, de 1963, e The Comatose Kids, de 1975. Sua primeira peça, Seven Days of Mourning, foi encenada na Broadway, e em 2022, suas peças foram compiladas no volume My Collected Plays. É também tradutor do hebraico, tendo traduzido vários autores israelenses para o inglês.
O tradutor: Tiago Hermano Breunig é bacharel e licenciado em Letras, mestre e doutor em Literatura pela UFSC. É professor do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco. Para a (n.t.) traduziu Paul Valéry e Stéphane Mallarmé.