O texto: Os epigramas do Imperador Juliano (331-363 d.C.) chegaram até nós por meio da Antologia Palatina e, posteriormente, da Antologia Grega, com a adição de novos poemas e novas atribuições. Nesta seleção de seis epigramas satíricos e enigmáticos, o último imperador pagão do Império Romano fala de seu desgosto pela cerveja quando a experimentou na Gália, do arrebatamento causado pelo som de um órgão, da performance de um equilibrista, de uma brincadeira com um verso da Odisseia, de uma observação sobre a figura do centauro e de uma atitude frente ao destino.
Texto traduzido: Julian (emperor). “Epigrams”. In. The works of the emperor Julian. Vol. III. Translated by Wilmer C. Wright. London: Loeb Classical Library, 1923, pp. 304-309.
O autor: Flavius Claudius Julianus ou Juliano, o Apóstata (331-363), nasceu em Constantinopla. Foi o último imperador pagão de Roma, sobrinho de Constantino. Como imperador, exerceu grande influência na manutenção das conquistas romanas na Gália e liderou uma expedição contra o Império Sassânida, que resultou em sua morte em junho de 363 d.C. Como filósofo e pensador, é autor de hinos, panegíricos, sátiras, cartas, epigramas e uma obra polêmica contra o cristianismo emergente. Conhecido como o Apóstata pela sua ardente renúncia ao monoteísmo e ao cristianismo, é lembrado tanto por suas obras quanto por sua atuação política na restauração do culto aos Deuses, dos templos, das iniciações e dos oráculos.
O tradutor: Frederico Fidler é licenciado em Letras Português pela UFSM e mestrando na UFRGS. Estudioso de grego e línguas antigas, desenvolve pesquisa e tradução de textos neoplatônicos e trabalha em uma edição comentada de Sobre os Deuses e o Mundo, de Salústio.