O texto: Publicado pela primeira vez em 1927, Pomes Penyeach é o segundo livro de poemas de James Joyce, repletos de neologismos, polissemias e palavras valises. O título trata-se de um trocadilho fonolexicológico que equipara “poems” (poemas) a “pomes” (maçãs), como se o livreto fosse algo para ser comprado como uma dúzia de frutas em promoção (penyeach: “por um centavo cada”). A dúzia, no entanto, conta com uma cortesia: Tilly, seu primeiro poema, batizado a partir da palavra irlandesa tuilleadh, que significa a melhor unidade colocada na cesta pelo quitandeiro para fidelizar o cliente. Esta tradução, intitulada Treze Pordoze, busca reproduzir funcionalmente a ideia de “promoção” do título original e reforçar sua malha fonológica.
Texto traduzido: Joyce, J. Pomes Penyeach. Paris: Shakespeare and Company, 1927.
O autor: James Joyce (1882-1941), escritor, poeta e crítico literário irlandês, nasceu em Dublin. Suas obras são responsáveis por moldar e influenciar vanguardas modernas não só em seu país de origem, mas também no mundo todo. É mais conhecido por seus romances Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939), que solidificaram sua reputação como um dos prosadores mais influentes do século XX. Escreveu também dois livros de poesia, Chamber Music (1907) e Pomes Penyeach (1927), e a peça de teatro Exiles (1918).
O tradutor: Rodrigo Bravo é doutorando em Tradutologia, mestre em Linguística e bacharel em Letras Clássicas pela USP. Professor do curso de pós-graduação em Música Popular da Faculdade Santa Marcelina. Cocriador e editor da revista eletrônica de poesia brasileira contemporânea traduzida para o inglês Saccades/Sacadas. Traduziu, em livros, artigos e capítulos de livro na área de tradução e crítica literária. Dramaturgo e Diretor da Cia. de Teatro Vento Áureo. Para a (n.t.) traduziu Sulpícia, Nósside e os Hinos Homéricos.