PRÉVIA (n.t.) 11º

Terra dos sonhos | Traumland
Georg Trakl

O texto: Traumland marca em 1906 a primeira publicação de um texto em prosa de Trakl e uma de suas primeiras publicações, em geral. Com acento marcadamente romântico, este breve escrito antecipa uma série de motivos que o autor desenvolverá em sua obra lírica posterior: a noite e o sonho, a solidão e a melancolia; mas, sobretudo, a sensibilidade para o sofrimento humano, que aqui se concentra na paixão/compaixão pela menina doente, Maria. Escrito sob a forma de uma reminiscência do narrador, este texto revela a experiência de uma iniciação ou perda da inocência, que persistirá em toda a sua obra.
Texto traduzido: Trakl, Georg. Traumland. Eine Episode. In. Georg Trakl – Das Dichterische Werk auf Grund der historisch-kritischen Ausgabe von Walther Killy und Hans Szklenar. München: Deutscher Taschenbuch, 1987.

O autor: Nascido em Salzburgo, Áustria, em 1887, Georg Trakl é considerado um dos maiores poetas líricos de língua alemã do século XX. Foi militar e farmacêutico, o que favoreceu seu vício em drogas alucinógenas, cujos efeitos se refletiram em sua lírica. Expressionista de sensibilidade romântica, Trakl deu voz a um profundo desencanto com o mundo moderno, uma religiosidade desesperançada e uma aguda percepção do sofrimento humano. Durante serviço ativo na primeira Guerra, morreu vitimado por overdose de cocaína em um provável suicídio, após ter – desassistido e com poucos suprimentos – sido responsável por dar cuidados, por dois dias e noites, a cerca de noventa soldados feridos na batalha de Grodeck, em 1914.

A tradutora: Laura de Borba Moosburger é bacharel e mestre em Filosofia pela UFPR. A dissertação de mestrado “A origem da obra de arte de Martin Heidegger: tradução, comentário e notas” foi seu primeiro trabalho em tradução. Atualmente realiza doutorado pela USP, dedicando-se ao estudo da poesia de Trakl e Rilke, incluindo a tradução de seus poemas.



☞ TRAKL, Georg. Terra dos sonhos | Traumland.
Trad. Laura de Borba Moosburger. (n.t.), n. 11, v. 2, dez. 2015, pp. 98-106.


© (n.t.) Revista Nota do Tradutor
ISSN 2177-5141