O texto: Seleção de poemas de Frida Rodas a partir do livro Ina Panqarita (Florzinha Silvestre, em língua aimará). Ao longo de seus versos, profundamente arraigados na tradição andina, Frida celebra os habitantes de sua cidade natal, Puno; os kjot’suñi, homens e mulheres das águas que vivem nas milenares ilhas do altiplano andino, entre elas a mítica Uros; os bailarinos, danças e músicas típicas da região, como o tradicional huaino, além de evocar os lagos Umayo e Titicaca, sagrados desde a época dos Incas, seus antepassados. Em sua poesia entrelaça vozes do imaginário quéchua e aimará, e invoca os antigos idiomas falados aos arredores do Titicaca, como o chipaya, ainda usado na Bolívia, o pukina, língua pré-hispânica extinta, e o chhiw lüsñchi chhun lüsñch, o idioma uru, hoje praticamente desaparecido.
Texto traduzido: Rodas, Frida. Ina Panqarita. Lima: Asociación Cultural Brisas del Titicaca, 2012.
A autora: Frida Rodas nasceu em Puno, no Peru. Tradutora, dese-nhista e poeta bilíngue da nova geração de intelectuais nascida às margens do Lago Titicaca, publicou seu primeiro livro de poesia, Ina Panqarita (Florzinha Silvestre), em 2012. Como expositora, participou de diversos congressos realizados em Cuba, México, Argentina e Espanha. Em 2010, obteve o 1º lugar no Concurso Literário organizado pela Asociación Cultural Brisas del Titicaca, com o poema “Puno”, e em 2011 foi incluída na antologia poética peruana-argentina De quenas y bandoneones – 70 voces femininas, organizada por José Vargas Rodríguez. Atualmente reside em Lima, na capital peruana.
O tradutor: Gleiton Lentz é tradutor, editor e doutor em Literatura pela UFSC/Università di Firenze. Dedica-se ao estudo e tradução da poesia simbolista italiana e hispano-americana. Para a (n.t.) já traduziu, em formato HQ, poemas de Dino Campana, Severino Di Giovanni e Roberto de las Carreras.