O texto: Seleção com três poemas extraídos do livro The White Wampum, de E. Pauline Johnson, publicado em 1895: “O grito de uma mulher indígena” (“A Cry from an Indian Wife”), que aborda a guerra e a colonização sob um ponto de vista feminino, e que apresenta uma posição, apesar de crítica, não totalmente desfavorável aos colonizadores; “A canção que meu remo canta” (“The Song my Paddle Sings”), seu poema mais conhecido, no qual ela usa a canoa para tratar da superação, apesar das dificuldades e do medo; e “Charco” (“Marshlands”), de influência romântica, em que descreve a paisagem de um charco, evocando sensações etéreas. No conjunto, os poemas refletem a origem mestiça da autora e a posição ambivalente em que se situava entre as duas culturas, a mohawk e a ocidental.
Texto traduzido: confira na revista.
A autora: Emily Pauline Johnson (1861-1913) ou Tekahionwake, escritora e artista canadense de ascendência mohawk, nasceu na Reserva das Seis Nações (Six Nations of the Grand River). Sua mãe era uma imigrante inglesa e seu pai um líder mohawk das Seis Nações e um importante intérprete entre seu povo e a Coroa Britânica. Foi bastante conhecida em vida por viajar pelos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido declamando seus poemas, ora vestida como uma dama inglesa, ora como uma indígena, expondo sua identidade multicultural e instigando a curiosidade exotizadora de seus leitores. Publicou seu primeiro livro de poesias, The White Wampum, em 1895. Além de poemas, escreveu contos e ensaios.
A tradutora: Carolina Paganine é doutora em Estudos da Tradução pela UFSC e bacharel em Letras - Tradução Inglês pela UnB. É professora de Teorias da Tradução, na UFF. Já traduziu e publicou poemas de Maya Angelou e Margaret Atwood. Para a (n.t.) traduziu Thomas Hardy.