O texto: Escrito e publicado em 1908, no periódico mensal The Albany Review, esta narrativa deu título ao primeiro livro de contos de E. M. Forster, The Celestial Omnibus and Other Stories (1911). Como na maioria dos primeiros contos do autor, o protagonista é um adolescente, cuja experiência diante de um acontecimento inusitado (no caso em questão, o contato com um mundo fantástico) põe em evidência e questiona as convenções, os valores, crenças, hábitos e desejos da sociedade vitoriana do início do século XX. Isoladas, essas personagens passam a perceber que os liames que constituem o grupo social a que ainda pertencem são instáveis e capciosos, funcionando sob uma aparência de urbanidade e refinamento, aqui representados pela personagem do Sr. Bons, o presidente da Sociedade Literária.
Texto traduzido: Forster, E. M. “The Celestial Omnibus” In. The Celestial Omnibus and Other Stories. New York: Alfred A. Knopf, 1923.
O autor: Edward Morgan Forster (1879-1970) é um dos principais romancistas ingleses do século XX. Sua escrita se caracteriza pelo uso de uma fina ironia em frases de sóbria elegância, tendo por alvo a sociedade burguesa de classe média alta da Inglaterra do início do século XX. Fez parte do Bloomsbury Group, composto por intelectuais e artistas, dos quais se destacam nomes como Virginia Woolf, John Maynard Keynes e G. E. Moore. Além de romances, dedicou-se a outros gêneros literários, como narrativas curtas, ensaios, discursos e biografias.
Os tradutores: Helvio Moraes é professor de Língua Inglesa e Literatura na Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT; membro do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários – PPGEL/Unemat; doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Para a (n.t.) traduziu o ensaio “No que acredito”, de E. M. Forster.
Autajan Geocasta de Araújo Carvalho é graduada em Letras pela Universidade do Estado de Mato Grosso.