O texto: Composta entre 1826 e 1933, A mulher de Zaquintos é uma sátira política aos opositores da revolução grega, centrada em uma mulher anônima (provavelmente a cunhada do poeta), e no próprio autor, que assume um tom profético, críptico e surreal nos moldes do Apocalipse de São João. Escrito com muitos elementos do dialeto de Zaquintos, o texto é dos poucos exemplos da prosa de Solomós, e embora não seja propriamente um drama, foi muito adaptado para o teatro.
Texto traduzido: Σολωμος, Δ. Άπαντα, τόμος β’: Πεζά και Ιταλικά. Επιμέλεια: Λίνος Πολίτης. Αθήνα: Ίκαρος, 1955.
O autor: Com parte da obra inacabada e fragmentada, e sem ter publicado quase nada em vida, Dionýsios Solomós (1798-1857) é considerado o maior poeta nacional da Grécia, tendo sido um dos primeiros a trabalhar sistematicamente com a língua popular, ou demótica. Poeta bilíngue, escreveu poemas em grego e italiano e, por vezes, em uma peculiar mistura dos dois idiomas.
O tradutor: Miguel Sulis é bacharel em letras (alemão e literaturas de língua alemã), mestre e doutor em literatura pela UFSC. É tradutor, professor de grego e dedica-se aos estudos da tradução. Para a (n.t.) já traduziu Rufinos, Konstantinos Kaváfis, Forugh Farrokhzad, Giánnis Ritsos e Sacher-Masoch.