O texto: Publicada em 1927, Clavellina pode ser classificada como uma obra costumbrista. Esse gênero se concentra nos costumes típicos de Andaluzia, pois seu dialeto está presente na fala de personagens arquétipos representados com uma fonética que tenciona reproduzir os andaluzismos daquele povo. No romance, percebemos essas marcas na fala de personagens mais humildes e, em alguns casos, intencionais de comicidade. Nele aparecem também figuras que “seseam” (do verbo “sesear”, equivalente a pronunciar o c ou o z como s) e inúmeros casos de yeísmos (fenômeno, de origem andaluza, em que o ll é pronunciado como o y).
Texto traduzido:Castro, Cristóbal de. “Clavellina”, capítulo primero. In. Novelas Escogidas. Madrid: Aguilar, 1960, pp. 287-294.
O autor: Cristóbal de Castro Gutiérrez (1874-1953), embora tenha estudado Medicina e Direito, não exerceu tais atividades, tendo se dedicado exclusivamente à literatura e ao jornalismo em Madri, na Espanha. Ocupou-se também da tradução ao espanhol de autores estrangeiros. Suas obras foram influenciadas pelo modernismo, realismo hispânico, costumbrismo andaluz, entre outras correntes da época. Cultivou vários gêneros literários, destacando-se como romancista.
As tradutoras: Andréa Cesco é professora do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras e da Pós-Graduação em Estudos da Tradução, da UFSC. É líder do grupo de pesquisa no CNPq Estudos Literários e Traduções do Século de Ouro e coordena o Núcleo Quevedo de Estudos Literários e Traduções do Século de Ouro (UFSC).
Elys Regina Zils atualmente cursa mestrado em Estudos da Tradução (PGET), na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).