PRÉVIA (n.t.) 26º

Te amo como se nem sequer vivesses
Je t’aime comme si tu n’existais pas

Anna de Noailles

O texto: Seleção com três poemas de Anna de Noailles, pertencentes ao livro Poème de l’amour, de 1924: LV, LXIX e LXXXVII. No conjunto, os poemas não apenas expressam o sentimento amoroso de uma voz feminina, como também pensam o amor, propondo uma extensa meditação sobre as etapas e os estados de espírito que o atravessam. Noailles desenha uma espécie de itinerário do sentimento amoroso, que passa pela confissão, o desejo, a dependência, a incomunicabilidade, e também pela consciência aguda dos males que a sujeição amorosa impinge à mulher, com a consequente vontade de amar menos.
Texto traduzido: Noailles, Anna de. Poème de l’amour. Paris: Arthème Fayard & Cie., 1924.

A autora: Anna de Noailles (1876-1933), poeta e escritora francesa, nasceu em Paris. De família aristocrata e descendência greco-romena, teve uma educação voltada às artes, sobretudo à literatura. É autora de romances, uma autobiografia e uma quinzena de livros de poemas, tendo sido amiga de escritores como Colette, André Gide e Jean Cocteau. Reconhecida em vida, foi a primeira mulher condecorada pela Legião de Honra francesa e admitida na Real Academia da Língua e da Literatura Francesa da Bélgica. E em 1904, em oposição ao Prêmio Goncourt, junto de outras mulheres, criou o prêmio Vie Heureuse, que se tornaria o Prix Fémina, ainda existente.

A tradutora: Juliana Ramos é poeta, tradutora, editora e revisora. Graduada em Letras (Português e Francês) pela USP, cursou os Programas Formativo e de Aprimoramento em Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida. É autora de No coração fosco da cidade (Impressões de Minas, 2018) e integra a antologia Corpo de terra (Quelônio, 2021).



☞ NOAILLES, Anna de. Te amo como se nem sequer
vivesses | Je t’aime comme si tu n’existais pas
. Trad. Juliana Ramos.
(n.t.), n. 26, v. 1, jun. 2023, pp. 83-89.


© (n.t.) Revista Nota do Tradutor
ISSN 2177-5141