O texto: Amplamente conhecidos na Rússia, os Três poemas de amor fazem parte do currículo escolar e universitário de Púchkin. Os traços característicos do clássico estilo puchkiniano – simplicidade da construção sintática, leveza da métrica e precisão da rima – são neles bastante perceptíveis.
Texto traduzido: Пушкин, Александр Сергеевич. Собрание сочинений в десяти томах. Том 2. Москва, 1959.
O autor: Considerado o criador da língua russa moderna e o maior poeta russófono de todos os tempos, Alexandr Púchkin (1799-1837) nasceu em Moscou. Descendente de uma família nobre, estudou no famoso Lycée de Tsárskoie Seló (Vila Czarina) que formava a elite do Império Russo (1811-1817). Estreou como poeta aos 15 anos de idade. Livre-pensador e autor de textos satíricos, foi exilado no Sul da Rússia (1820-1824) e na fazenda Mikháilovskoie, que pertencia à sua família. Ao voltar do exílio, por ordem do imperador Nikolai I, que pretendia ser o “censor pessoal” do poeta, viveu em Moscou, participando da campanha militar contra a Turquia no Cáucaso (1829) e radicando-se, ao fim, em São Petersburgo. Foi eleito membro da Academia Russa (1833). Editou a revista literária O contemporâneo (1836). Além dos poemas (Ruslan e Liudmila, A fonte de Bakhtchissarai, Ciganos, entre outros), criou o célebre “romance em versos” Evguêni Onêguin, diversas obras dramáticas (Boris Godunov, Pequenas tragédias) e prosaicas (Contos de Bêlkin, A dama de espadas, A filha do capitão). Morto em duelo pelo aventureiro francês Georges D’Anthès, entrou na história como “o sol da poesia russa”.
O tradutor: Oleg Almeida (1971, Bielorrússia) é poeta e tradutor, sócio da União Brasileira de Escritores (UBE/São Paulo). Autor dos livros de poesia Memórias dum hiperbóreo (2008, Prêmio Internacional Il Convivio de 2013) e Quarta-feira de Cinzas e outros poemas (2011, Prêmio Literário Bunkyo de 2012) e de numerosas traduções do russo (Crime e castigo, Diário do subsolo e O jogador de Fiódor Dostoiévski; Pequenas tragédias de Alexandr Púchkin, entre outras) e do francês (O esplim de Paris: pequenos poemas em prosa de Charles Baudelaire, entre outras). Para a (n.t.) já traduziu Mikhail Kuzmin, Velimir Khlêbnikov, Vsêvolod Gárchin, Pierre Louÿs e Vladímir Soloviov.